Tô com medo. Medo de sofrer. Medo de encarar essa verdade chata e inconveniente que se formou diante de mim como um paredão enorme e perigoso. Uma verdade que chegou na minha vida como uma bomba, programada para explodir em pouco, bem pouco tempo. É tudo tão estranho. O meu coração diz uma coisa e a minha razão diz outra. E eu, sinceramente não sei em quê eu devo acreditar. Eu queria tanto que tudo isso acabasse. Queria tanto poder acordar desse pesadelo. Queria poder parar de fingir que está tudo bem.
Está cada vez mais difícil esconder de mim mesma que a pior coisa da minha vida está prestes a se tornar real. Eu não quero isso. Eu morro de medo disso. Eu só queria acordar desse pesadelo horrível. O pior pesadelo da minha vida. Um pesadelo que eu não consigo fugir do perigo. Um pesadelo que eu tenho que ficar parada assistindo a tragédia. É daqueles que você não consegue correr, por mais que você tente. Por mais que você lute para abrir os olhos, você não consegue. É como se fosse uma tempestade. E parece que cada gota que cai sobre a minha pele, dói de um jeito profundo. Causando hematomas doloridos demais que eu sou obrigada a esconder.
Eu sou obrigada a sonhar tudo isso sozinha. Sou obrigada a remar sozinha por essas águas difíceis. Essas águas que querem me derrubar de qualquer maneira. Eu sou obrigada a passar por tudo isso sozinha, porque dessa vez mesmo que eu quisesse, ninguém poderia me ajudar.

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